TRIBUTO A HEITOR VILLA-LOBOS

Homenagem a Nelson Freire

 7 SETEMBRO
19h00 — TEATRO FAIALENSE

TRIBUTO A HEITOR VILLA-LOBOS

Homenagem a Nelson Freire


Bachianas
Regina Freire
, Adriano Jordão
& Constantin Sandu
soprano e piano

Nelson Freire, piano

Nelson Freire começou a tocar piano quando tinha três anos, surpreendendo a todos ao tocar de memória peças que haviam sido executadas pela sua irmã mais velha, Nelma. Seus principais professores no Brasil foram Nise Obino e Lúcia Branco, que havia estudado com um aluno de Franz Liszt. Em seu primeiro recital, aos 5 anos de idade, Nelson escolheu a Sonata para piano em Lá maior, K331 de Mozart.

Em 1957, aos 12 anos de idade, Nelson Freire foi o sétimo colocado no Concurso Internacional de Piano do Rio de Janeiro, cujo vencedor foi o austríaco Alexander Jenner, e na prova final executou o Concerto para piano n.º 5 "Imperador" de Beethoven. O júri do Concurso era composto por Marguerite Long, Guiomar Novaes e Lili Kraus. Ganhou do então Presidente do Brasil, Juscelino Kubitschek, uma bolsa de estudos para ir a Viena aprender com Bruno Seidlhofer, que também ensinou Friedrich Gulda.

Em 1964, Nelson Freire conquistou o primeiro lugar no Concurso Internacional de Piano Vianna da Motta em Lisboa e em Londres recebeu as medalhas de ouro Dinu Lipatti e Harriet Cohen.

Nelson Freire embarcou em sua carreira internacional em 1959, dando recitais e concertos nas maiores cidades da Europa, Estados Unidos, América Central e do América do Sul, Japão e Israel. Trabalhou também com muitos dos mais prestigiados regentes, incluindo Pierre Boulez, Eugen Jochum, Lorin Maazel, Charles Dutoit, Kurt Masur, André Previn, David Zinman, Vaclav Neumann, Valery Gergiev, Rudolf Kempe (com quem realizou diversas turnês pelos Estados Unidos e Alemanha com a Royal Philharmonic Orchestra), Gennady Rozhdestvensky, Hans Graf, Hugh Wolff, Roberto Carnevale, John Nelson, Seiji Ozawa e Isaac Karabtchevsky.

Apresentou-se como convidado de orquestras de prestígio, tais como: Berliner Philharmoniker, Münchner Philharmoniker, Bayerische Rundfunk Orchester, Royal Concertgebouw Orchester, Rotterdam Philharmonic Orchestra, Tonhalle Orchester Zurich, Wiener Symphoniker, Czech Philharmonic, Orchestre de la Suisse Romande, London Symphony Orchestra, Royal Philharmonic Orchestra, Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, Orquestra Sinfônica Nacional da Rádio MEC,Orquestra Sinfônica do Paraná, Israel Philharmonic, Orchestre de Paris, Orchestre National de France, Orchestre National des Pays de la Loire, Philharmonique de Radio France, Orchestre de Monte Carlo e outras orquestras de Baltimore, Boston, Chicago, Cleveland, Los Angeles, Montreal, Nova York e Filadélfia.

Em Varsóvia (1999), Nelson Freire realizou um triunfo genuíno com sua interpretação do Concerto para Piano e Orquestra N.º 2 de Chopin, marcando os 150 anos de aniversário da morte do compositor. Em dezembro de 2001, presidiu o júri do Concurso de Piano Marguerite Long em Paris.

Recentemente, Nelson Freire tem realizado performances no Carnegie Hall em Nova York acompanhado da Orquestra Filarmônica de Saint Petersburg, no Festival Internacional de Música Prague Spring com a Orchestre National de France e com as principais orquestras de Baltimore, Boston, Montreal, Nova York e Utah. Também tem se apresentado com a English Chamber Orchestra (na França e Portugal), Orchestre de la Radio Suisse Italienne e realizado recitais em Bruxelas, Paris, Roma, Munique, Lisboa, Luxemburgo e Zurique. Em 2002/2003, Nelson Freire realizou duas turnês de concertos sob a direção de Riccardo Chailly, com a Royal Concertgebouw Orchestra de Amsterdã e Orchestra Sinfònica di Milano Giuseppe Verdi. Ele também se apresentou com a Tonhalle Orchester Zurich e a Orquestra Sinfônica NHK de Tóquio.

Regina Freire, soprano

Regina é uma jovem soprano portuense. Os seus estudos musicais começaram pelo estudo do piano aos três anos e pela sua participação no coro juvenil local levando à descoberta da sua paixão pelo instrumento da voz. Prosseguiu os seus estudos na área da música, e concluíu o curso de Canto no Conservatório de Música do Porto com distinção. Posteriormente, ingressou na Guildhall School of Music and Drama, em Londres, onde obteve com distinção os diplomas de licenciatura e mestrado na classe de Susan Waters.
Apesar de estar em início de carreira, Regina já teve a oportunidade de interpretar vários papéis operáticos, tais como: Sevadilha em Guerras de Alecrim e Mangerona de A. Teixeira da Silva, Belinda em Dido and Aeneas de H. Purcell, Pamina e Erste Dame em Die Zauberflote de W. A. Mozart, Micromegas na estreia no Reino Unido de A trip to the Moon de Andrew Norman e Cobweb em Midsummer Night’s Dream de Britten.
Regina Freire já colaborou com a Orquestra XXI, Orquestra de Guimarães, Orquestra Sinfónica da Guildhall School of Music and Drama, e a Orquestra Sinfónica de Londres, sob a direcção dos maestros Dinis Sousa, Takuo Yuasa, Vitor Matos, Simon Over e Sir Simon Rattle. Já interpretou também o solo em Midsummer Night’s Dream de Mendelssohn, a 4a Sinfonia de Mahler, Gloria de Vivaldi, Stabat Mater de Pergolesi, Bachianas n.5 de Villa- Lobos, Die Schöpfung e a Nelson Mass de Haydn, Mass in D de Dvorak, a Cantata n.49 e 57 de Bach, e Missa Brevis in D k65 de Mozart. Isto permitiu que fosse solista em vários países como Noruega, Reino Unido, França, Grécia e Portugal para trabalhar com vários artistas como Sergei Leiferkus, Rudolf Piernay, Edith Wiens, Claudia Visca, Dennis O’Neill, Elisabete Matos e Tobias Truniger.
Regina já obteve alguns prémios em concursos nacionais e internacionais como Concurso Internacional de Canto do Fundão (2013 e 2014), Concurso do Bomtempo (2014), Concurso Nacional de Canto em Portugal (2013 e 2014), The Charetered Surveyours Voice Prize em Londres (2019) e The David Gosman Award na Peter Hulsen Orchestra Song Award em Londres (2019), e foi Semifinalista no Concurso da Fundação dos Rotários Portuguesa. Mais recentemente obteve o primeiro prémio no Concurso Jovens Músicos na vertente do canto, e será finalista no Concurso Internacional de Canto Alfredo Kraus, em Espanha.

Adriano Jordão, piano

Adriano Jordão nasceu em Angola, em 1946. Estudou em Portugal com Helena Sá e Costa e outros professores. Com a pianista portuense entroncou numa poderosíssima tradição, que teve um dos mais altos cumes em Edwin Fischer. Uma sublinhada curiosidade intelectual e artística levou-o a procurar outras escolas, linguagens e climas musicais e, assim, em 1967, a Fundação Calouste Gulbenkian facultou-lhe uma bolsa para um ano de estudos avançados nos Estados Unidos da América. Dois anos depois, após ter completado o Curso Superior no Conservatório Nacional de Lisboa com a maior distinção, na classe da professora Helena Matos, continuou os seus estudos em Paris, sob a orientação de Yvonne Lefébure.
Apesar de Adriano Jordão se ter apresentado assiduamente em todas as salas do nosso país, a carreira de um músico é, forçosamente, cosmopolita. Depois da sua estreia na América do Norte, no Tennessee (com a Kingsport Symphony), atuou em São Francisco, Washington, Boston e em New York. Nesta última cidade, fê-lo no prestigiado Lincoln Center (com a New Orchestra of Boston, sob a direção de David Epstein) e também no Carnegie Hall, com a Queen’s Symphony Orchestra, sob a direção de John Neschling. As suas apresentações nas mais importantes salas de espetáculos do Brasil, do México, Venezuela ou Paraguai alcançaram grande sucesso de crítica e de público.
O mesmo se pode dizer das suas atuações em África (Cabo Verde, Senegal, Angola e Moçambique) e na Ásia (Índia, Tailândia, China, Coreia e Japão). Na Europa, para além de Portugal, Adriano Jordão também se apresentou em Espanha, França, Bélgica, Holanda, Alemanha, Itália, Áustria, Finlândia, Rússia, Bielorrússia, Ucrânia, República Checa, Eslováquia, Hungria, Roménia, Grécia e Turquia. Esta internacionalização ajudou-o também a tornar-se arauto da música portuguesa, interpretando, em primeiras audições em muitos países, obras de alguns dos mais afamados compositores nacionais. Nestas centenas de apresentações, Adriano Jordão colaborou com alguns dos mais importantes maestros portugueses e estrangeiros.
A coroar esta atividade planetária, ganhou numerosos prémios em competições nacionais e internacionais, sendo de destacar o 1º Lugar no Concurso Internacional de Debussy, em França. Adriano Jordão foi ainda agraciado com o título de Oficial da Ordem das Artes e das Letras pelo Governo Francês e com a Medalha de Mérito da Ordem Soberana de Malta. É ainda de salientar que, em 2018, foi agraciado com o título de Cidadão Honorário de Brasília.
Para além da atividade como intérprete, Adriano Jordão tem também dedicado parte do seu saber e sensibilidade a outras atividades. De 2004 a 2011 foi Adido Cultural de Portugal em Brasília, no Brasil, e de 2013 a Abril de 2016 foi vogal do Conselho de Administração do Teatro Nacional de São Carlos, em Lisboa. Releva-se o seu papel na direção de vários festivais musicais, os quais enriqueceu com a sua vasta experiência: fundador e diretor artístico do Festival Internacional de Música de Macau, nos primeiros cinco anos do mesmo; diretor artístico do Festival da Casa de Mateus; fundador e diretor artístico de todas as edições do Festival Internacional de Música dos Açores. Adriano Jordão foi ainda diretor artístico do Festival de Música de Sintra, em 2016 e 2017, e é, presentemente, diretor do Festival Internacional de Música de Mafra, cargo que ocupa desde 2016.

Constantin Sandu, piano

Constantin Sandu desenvolveu-se sob a influência dos seus mestres romenos - Sonia Ratescu, Constantin Nitu e, posteriormente, Constantin Ionescu-Vovu no Conservatório Superior de Musica “C. Porumbescu” de Bucareste - e de várias outras individualidades marcantes - Sequeira Costa, Dimitri Bashkirov, Helena Sá e Costa e Tânia Achot.


PROGRAMA

Bach/Liszt - Prelúdio e Fuga em lá menor

Heitor Villa Lobos - Bachiana nº5

Heitor Villa Lobos - Cirandas
Terezinha de Jesus…
A Condessa…
Senhora Dona Sancha…
O Cravo Brigou com a Rosa…

Regina Freire, soprano
Adriano Jordão, piano
Constantin Sandu, piano

BILHETES À VENDA NO POSTO DE INFORMAÇÃO DO MERCADO MUNICIPAL E NO TEATRO FAILENSE