RECITAL PIANO & VIOLONCELO

Adriano Jordão & Pavel Gomziakov

 11 SETEMBRO
19h00 — TEATRO FAIALENSE

RECITAL PIANO & VIOLONCELO
Adriano Jordão
& Pavel Gomziakov
Piano e Violoncelo

Neste recital será utilizado o famoso violoncelo Romberg construído no séc. XVIII. Este instrumento que integrou a orquestra do Príncipe Eleitor Arcebispo de Colónia e foi em 1790 apresentado a Beethoven. Este instrumento avaliado em 3 milhões de euros está cedido em exclusivo ao violoncelista Pavel Gomziakov.

Adriano Jordão, piano

Adriano Jordão nasceu em Angola, em 1946. Estudou em Portugal com Helena Sá e Costa e outros professores. Com a pianista portuense entroncou numa poderosíssima tradição, que teve um dos mais altos cumes em Edwin Fischer. Uma sublinhada curiosidade intelectual e artística levou-o a procurar outras escolas, linguagens e climas musicais e, assim, em 1967, a Fundação Calouste Gulbenkian facultou-lhe uma bolsa para um ano de estudos avançados nos Estados Unidos da América. Dois anos depois, após ter completado o Curso Superior no Conservatório Nacional de Lisboa com a maior distinção, na classe da professora Helena Matos, continuou os seus estudos em Paris, sob a orientação de Yvonne Lefébure.
Apesar de Adriano Jordão se ter apresentado assiduamente em todas as salas do nosso país, a carreira de um músico é, forçosamente, cosmopolita. Depois da sua estreia na América do Norte, no Tennessee (com a Kingsport Symphony), atuou em São Francisco, Washington, Boston e em New York. Nesta última cidade, fê-lo no prestigiado Lincoln Center (com a New Orchestra of Boston, sob a direção de David Epstein) e também no Carnegie Hall, com a Queen’s Symphony Orchestra, sob a direção de John Neschling. As suas apresentações nas mais importantes salas de espetáculos do Brasil, do México, Venezuela ou Paraguai alcançaram grande sucesso de crítica e de público.
O mesmo se pode dizer das suas atuações em África (Cabo Verde, Senegal, Angola e Moçambique) e na Ásia (Índia, Tailândia, China, Coreia e Japão). Na Europa, para além de Portugal, Adriano Jordão também se apresentou em Espanha, França, Bélgica, Holanda, Alemanha, Itália, Áustria, Finlândia, Rússia, Bielorrússia, Ucrânia, República Checa, Eslováquia, Hungria, Roménia, Grécia e Turquia. Esta internacionalização ajudou-o também a tornar-se arauto da música portuguesa, interpretando, em primeiras audições em muitos países, obras de alguns dos mais afamados compositores nacionais. Nestas centenas de apresentações, Adriano Jordão colaborou com alguns dos mais importantes maestros portugueses e estrangeiros.
A coroar esta atividade planetária, ganhou numerosos prémios em competições nacionais e internacionais, sendo de destacar o 1º Lugar no Concurso Internacional de Debussy, em França. Adriano Jordão foi ainda agraciado com o título de Oficial da Ordem das Artes e das Letras pelo Governo Francês e com a Medalha de Mérito da Ordem Soberana de Malta. É ainda de salientar que, em 2018, foi agraciado com o título de Cidadão Honorário de Brasília.
Para além da atividade como intérprete, Adriano Jordão tem também dedicado parte do seu saber e sensibilidade a outras atividades. De 2004 a 2011 foi Adido Cultural de Portugal em Brasília, no Brasil, e de 2013 a Abril de 2016 foi vogal do Conselho de Administração do Teatro Nacional de São Carlos, em Lisboa. Releva-se o seu papel na direção de vários festivais musicais, os quais enriqueceu com a sua vasta experiência: fundador e diretor artístico do Festival Internacional de Música de Macau, nos primeiros cinco anos do mesmo; diretor artístico do Festival da Casa de Mateus; fundador e diretor artístico de todas as edições do Festival Internacional de Música dos Açores. Adriano Jordão foi ainda diretor artístico do Festival de Música de Sintra, em 2016 e 2017, e é, presentemente, diretor do Festival Internacional de Música de Mafra, cargo que ocupa desde 2016.

Pavel Gomziakov, violoncelo

Nascido em Tchaikovski (cidade da região dos montes Urais, na Rússia), Pavel Gomziakov inicia os estudos de violoncelo aos nove anos de idade. Aos catorze, muda-se para Moscovo onde estuda na Escola Gnessin e, mais tarde, no Conservatório Estatal de Moscovo com Dmitri Miller. Prossegue os estudos em Madrid, com Natalia Schakhovskaya, na Escola Superior de Música Reina Sofía. Mais tarde conclui a graduação, no âmbito do Ciclo de Aperfeiçoamento, no Conservatório Superior de Paris, na classe de Philippe Muller.
Em Abril de 2010, Pavel Gomziakov estreia-se nos EUA com a Orquestra Sinfónica de Chicago, sob a direcção de Trevor Pinnock, voltando a tocar com a mesma orquestra dois anos mais tarde. Apresenta-se regularmente em toda a Europa, na América do Sul e no Japão. Tocou com a Orquestra de Câmara Finlandesa, a Orquestra Nacional do Capitólio de Toulouse, a Orquestra Nacional Russa, a Orquestra Sinfónica de Seattle, a Orquestra Gulbenkian, I Pomeriggi Musicali de Milão, a Orquestra Filarmónica Polaco-Báltica, a Orquestra Metropolitana de Lisboa, a Filarmónica Südwestdeutsche Konstanz, a Orquestra de Avignon e a Orquestra Filarmónica Russa. Foi solista convidado da Nova Filarmónica do Japão, da Orquestra de Câmara de Londres, da Orquestra Nacional de Montpellier, da Orquestra Filarmónica de Kansai e da Orquestra Nacional de Lille. Foi dirigido por maestros como Jukka-Pekka Saraste, Tugan Sokhiev, Jesús López Cobos e Christopher Warren-Green.
A convite de Valery Gergiev, participou no Festival Noites Brancas em São Petersburgo. Tocou também nos Festivais da Póvoa do Varzim, de Menton e de Colmar. Com a pianista Maria João Pires, deu recitais por toda a Europa, no Extremo Oriente e na América do Sul — a gravação da Sonata para violoncelo de Chopin (Deutsche Grammophon, 2009) foi nomeada para os Grammy Awards.
Alguns dos seus compromissos mais recentes foram os concertos com a Orquestra Metropolitana de Lisboa, onde foi Artista Residente ao lado do compositor Magnus Lindberg, tendo interpretado o seu Concerto para violoncelo n.º 2; bem como convites para se apresentar com a Filarmónica Südwestdeutsche Konstanz, a Orquestra Filarmónica de Kansai, a Orquestra de Tours, a Orquestra Sinfónica do Quebeque e a Real Orquestra Filarmónica de Liège.
O seu disco mais recente, ao lado do pianista Andreï Korobeinikov, é inteiramente dedicado a obras russas e foi lançado em 2018, pela Onyx. Para a mesma editora destaca-se também a gravação dos Concertos para violoncelo de Haydn, com a Orquestra Gulbenkian (2016). Nestas duas gravações, tocou o prestigiado violoncelo Stradivarius “Chevillard King of Portugal” de 1725, que pertenceu à Casa Real Portuguesa, generosamente cedido pelo Museu Nacional da Música (Lisboa). Com a Orquestra Filarmónica de Kansai, gravou o Concerto para violoncelo n.º 1 de Saint-Saëns e La Muse et le Poète (Onyx, 2012).
Graças à generosa cedência de Ms J. Ng (Hong Kong), Pavel Gomziakov toca, actualmente, com um maravilhoso violoncelo de David Tecchler: o “ex-Romberg” (Roma, 1703).


PROGRAMA

Chopin/Glazounov
Estudo op 25 nº7

Schubert
Sonata "Arpeggione"
Allegro moderato
Adagio
Allegretto

 Beethoven
Sonata nº 3 op.69
Allegro ma non tanto
Scherzo -Allegro molto
Adagio cantabile
Allegro vivace

Adriano Jordão, piano
Pavel Gomziakov, violoncelo

BILHETES À VENDA NO POSTO DE INFORMAÇÃO DO MERCADO MUNICIPAL E NO TEATRO FAILENSE